Quem é Jesus?

Se você tivesse vários filhos, sendo um deles pessoa boa e correta, e os demais apresentando todos os vícios e maldades que se possa imaginar… Como agiria com relação a eles? Iria condenar à morte o filho bom, para com isso sentir-se quitado com relação às faltas e pecados dos filhos maus?

Acredita que Deus, sendo a própria Perfeição e a fonte do todo o Amor, iria condenar à morte Jesus, um espírito puro, inocente, também todo amor, mandá-lo ao sacrifício na cruz para com seu sangue resgatar e quitar os pecados e as maldades da humanidade? (Ver dentre outros Efésios:7 e Romanos:3:23-26).

Sendo Deus onipotente, o máximo poder do universo, autor das leis universais, não poderia simplesmente perdoar os pecados do ser humano, sem necessidade de sacrificar alguém, muito menos um inocente como Jesus?

Alguns dizem que Deus não poderia derrogar as próprias leis. Ora, se assim fosse, poderíamos entender que Ele teria criado leis absurdas, para não dizer, estúpidas, tais como essa.

E mesmo que isso coubesse no bom senso, seria de se perguntar: que resgate teria sido aquele, posto que o ser humano continuou tão pecador quanto antes? E até mesmo os cristãos que se acreditam salvos… nem esses ficaram livres de pecar, porque basta ser humano para não ser perfeito.

Não acha bem mais coerente e de acordo com a grandeza de Deus e do próprio Jesus, não lhe atribuir a figura do “cordeiro de Deus a ser sacrificado pelos pecados da humanidade”, mas sim, a missão de Mestre? Alguém que tenha vindo para ensinar ao ser humano um novo mandamento, o do Amor, no qual se incluem o perdão, a humildade, o respeito etc., e que o fez mesmo às custas do próprio sacrifício?

Lembremos também que Jesus não criou qualquer religião. Ele atualizou as leis antigas mostrando Deus sob novo enfoque, o de Pai, e os usos como os sacrifícios e outros, em vivência do mandamento único, o Amor a Deus e ao próximo, explicitando todas as nuances dessa vivência, principalmente em parábolas, para que não pudessem ser distorcidas.

Mas, como seria natural, acabaram mesmo, não apenas distorcidas, mas transformadas em doutrinas humanas.

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Sua voz foi ouvida ao longo da Galileia e da Judeia, sobre os montes, pelas estradas, nas sinagogas e a beira mar, consolando, curando, pregando e sempre exemplificando o Amor:

“Deixo-vos a minha paz. A minha paz vos dou.”

“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na Casa de Meu Pai há muitas moradas.”

“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e tereis paz para as vossas almas.”

“Vinde benditos de Meu Pai e recebei por herança a terra que vos está prometida desde o princípio do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estava nu e me vestistes… Porque quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”

“Bem-Aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.”

“Bem-Aventurados os limpos de coração porque verão a Deus.”

Mas, a fim de que Seus ensinos – tão drasticamente divergentes das leis judaicas e do “status quo” em vigor – pudessem ser levados em consideração e aceitos, expandindo luzes ao longo dos séculos futuros, só mesmo com um clímax tão poderoso como foi o da crucificação, e Jesus a ele se submeteu, não para “salvar o pecador”, mas para que este tivesse a oportunidade de começar a salvar a si mesmo, mediante as transformações interiores, as mudanças na própria conduta em busca da vivência do Amor.

Vejamos então em Jesus, NÃO O MÁRTIR DA CRUZ, mas o MESTRE, o espírito puro, todo Amor e Sabedoria, que veio trazer ao mundo a Boa Nova dos Seus ensinos, tudo que aquelas pessoas já poderiam entender e aceitar.

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Os ensinamentos de Jesus eram de tão elevada moral que irritaram a muitos dos que O ouviam. Outros O seguiam por causa das curas, dos milagres… Poucos conseguiam sintonizar verdadeiramente com Seu luminoso pensamento e d’Ele haurir energia e disposição para mudarem suas vidas, seguindo-lhe os passos…

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